Páginas

sexta-feira, 18 de março de 2011

Por quanto tempo?

Depois de tanto tempo de insônia, aflição e agonia, fui obrigada a tomar esta decisão. Era o passo que daria rumo a minha vida. Eu tive de escolher, fui obrigada a isso: te esconder  pra sempre bem distante, inalcançável. Mas só consegui encontrar esconderijo dentro de mim, por isso o escondi lá. Fiz isso lastimando, com a plena certeza de que jamais encontraria ninguém como você, mesmo que eu passasse a minha vida inteira procurando, em todos os planetas, galáxias, ou no universo inteiro. Mas foi a única alternativa, ainda assim, quando tenho saudades, volto lá pra te visitar. É inevitável, mas doloroso, portanto, tento suportar ao máximo. E ainda depois de tanto tempo, continuas a me afligir, minha vida ainda continua sem rumo, ainda continuo sem sono, não tenho mais apetite. E não sei por quanto tempo. Minhas mãos ainda congelam, meu estômago ainda embrulha e meu corpo ainda treme, só por cogitar pensar em ti. E não sei por quanto tempo. Dói tanto quando meus pensamentos fogem ao seu encontro e não te alcançam. A decisão foi minha, eu sei, mas às vezes necessito te lembrar, e às vezes lembro sem precisar e nem perceber. Mas acabo lembrando sempre. E não sei por quanto tempo. E agora me encontro assim, parasitando, sugando vida de tudo que eu consigo pra tentar continuar vivendo. Mas não sei por quanto tempo conseguirei.
Anyele Matos

Nenhum comentário:

Postar um comentário