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sexta-feira, 18 de março de 2011

Sobre a paixão


Será que também pensa em mim?
Será que também sente o mesmo quando estamos perto?
E será que algum dia já desejou minha presença?
Será que o seu olhar significa o mesmo que o meu?
Não sei, não sei de mais nada
Não posso controlar mais nada
Não sou mais dona de mim
Estou-me entregue a esse sentimento que me consome
Espero um dia poder me libertar
Quando esse fogo da paixão estiver se apagado
E eu conseguir ‘pensar’ novamente
Talvez ai eu perceba que as minhas respostas estavam defronte a mim
E que nada do que eu imaginava ser tão grande
Tinha o tamanho suficiente para permanecer importante
Mas enquanto jorrar por entre minhas veias esse calor que aquece minha solidão
E faz eu me sentir completamente viva, férvida
Depois de tempos vegetando, com o coração na inércia
Eu alimentarei o motivo da minha inquietação
Não quero voltar a minha forma apática de viver
Quero sentir, quero amar,
Nem que seja amar o desejo de ser amada
Não importa pra mim agora o que virá depois
Eu só quero contemplar a beleza de um sentimento idealizado, fantasiado
Um devaneio, eu sei, mas quero iludir-me até o final
Até eu sentir o coração voltando à inércia,
O frio voltar às minhas veias e tomar conta do meu corpo
Outras coisas tristes, indóceis e estáveis ocuparem os meus pensamentos
E então voltarei à vida mesquinha e real.

- Anyele Matos

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